quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

(Devaneio): Versões de algo belo

Pessoal,

Vejam como algo que é originalmente belo, pode ficar feio se muito elaborado, mas pode ficar ainda mais belo, ao ganhar... simplicidade:





Então, só nos resta aplaudir e nos emocionar com as coisas simples, que afinal é o que torna nossa existência mais bela.

OK. Vou ali e já volto!

domingo, 25 de dezembro de 2011

(Mini-Crônica): Os Aparados, de Leticia Wierzchowski

Como já disse uma vez Milton Nascimento:


     Certas canções que ouço
     Cabem tão dentro de mim
     Que perguntar carece
     Como não fui eu que fiz?
     (...)
     (http://letras.terra.com.br/milton-nascimento/47411/)


A mesma coisa digo de certos livros. São tão parecidos com o que eu queria dizer que gostaria de ter escrito.


Dentre esses, gostaria de recomendar, principalmente para esse final de 2011, o livro "Os Aparados", de Letícia Wierzchowski (Record, 2009).  Como veem não é um livro novo, foi publicado em 2009, mas cai como uma luva em um período de final de ano.


A estória se passa em algum momento no futuro. O tempo é incerto, sabe-se apenas que estamos em um futuro e que não é muito distante, pois temos todos os cenários parecidos com o que existe hoje, portanto não se trata especificamente de uma ficção científica. O local da trama é o Rio Grande do Sul da autora, nas imediações de Porto Alegre e mais para dentro do interior gaúcho, nos Aparados da Serra.


Lá, um avô, ex-professor universitário, constrói um refúgio, um local auto-sustentável, que seria utilizado para sua fuga de um mundo em ruínas.


Mas, quem ele leva para se refugiar ali é sua neta, grávida de sete meses, também sozinha. Sua neta naquela condição é a garantia da transição. É a certeza de que ainda haverá mundo e vida após o caos que se instalou na natureza.


De fato, naquele momento tudo está em transição. As coisas antigas estão sendo destruídas novamente pela água. Parece que Deus resolveu transgredir sua própria promessa bíblica, dada após a destruição do Diluvio. 


Assim, até a divindade parece estar em transição.


E sua neta é a certeza de que ainda haverá esperança após tudo isso. Ela, o refúgio, a criança... Por isso ele luta tanto para entender e conviver com a neta, protegê-la é tudo que lhe resta. A moça parece não perceber o que a cerca, que o mundo que ela viu, nos seus parcos dezessete anos, não subsistirá e preocupa-se unicamente com seus dilemas sentimentais.


Ambos serão aparados. Ambos cederão um pouco de si, assim como a humanidade obrigatoriamente cederá , se deseja permanecer viva nesse planeta.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

(Texto): Nem um pouco "novas" sobre Steve Jobs

Não há dúvidas que o Steve Jobs influenciou, e muito, o mundo, partindo de sua Apple e...

Não, não há nada mais. Steve Jobs não fazia nada mais do que lançar produtos da Apple e, com certeza, aporrinhar os engenheiros da empresa para que desenvolvessem novas alternativas.

Mas, fora isso, ele não fez nada mais. Aliás, como demonstra os comentários que li em algumas reportagens, o que ele desejava era justamente o oposto, ou seja, era não abrir, não divulgar e não falar nada mais que o necessário para o usuário saber usar suas engenhocas e era isso.

E fico a pensar como tantos divinizaram um ser humano tão monocórdico como esse. O cara só pensava e falava aquilo que fosse pertinente à Apple e seus produtos. Na verdade ele não criava propriamente dito. Ele era o showman, o apresentador e o marqueteiro. Logicamente deveria participar direta ou indiretamente na gestação dos produtos, dando parâmetros e cobrando resultados.

Mas, a Apple que ele criou tornou-se uma empresa totalmente refratária a opiniões ou a pesquisas ou a consultas seja de quem for. E é até hoje a mais fechadas das empresas da área tecnológica. Mesmo em um mundo cada vez mais "aldeia global". 

Um contrasenso. O mais sofisticado exemplo do "casa de ferreiro, espeto de pau".

A Apple, talvez seguindo diretrizes de um sisudo e furioso Jobs (segundo comentários colhidos de  "A Cabeça de Steve Jobs", de   Leander Kahney - Agir - 2008), não participa de redes sociais na internet, não participa de feiras de tecnologia pelo mundo afora, ninguém dá entrevista, ninguém comenta nada, todos morrem de medo de falar o que quer que seja. E acho que isso até não seria de estranhar, afinal nem um cabo ela compartilha com outras marcas.

Em meu post de 07/10/2011 (Texto: Pensamento Sobre a Apple) eu procurei instigar um pensamento sobre um dos porquês da Apple ser tão vitoriosa. Ora, simplesmente porque ela é e sempre foi a mais cara. Sempre produziu para a elite. E, para mim, a conclusão mais importante daquele post foi que, se dependessemos da Apple, nunca teria acontecido realmente a massificação da informática como ocorreu. Isso bastaria para mim para tirar essa aura mágica que paira sobre a cabeça de Jobs. 

Mas, eu não consigo separar os produtos das pessoas que os produzem ou, principalmente, que os criam e vendem e que mais ganham com sua venda. É muito importante sabermos como Jobs era egocêntrico. Sabermos que, diferente de todos os magnatas da tecnologia, ele nunca se preocupou e nunca quis se preocupar com nada que não gerasse receita para a Apple. Só isso.

Ninguém tem noticia de uma doação feita por ele, seja a escolas, a hospitais ou a fundações. Ao que se sabe, nem depois de descobrir ser portador de um câncer, ele decidiu contribuir com algum centro de pesquisa que cuidasse diretamente de seu tumor, o que por si só já seria algo egoísta, mas, talvez beneficiasse outras pessoas  com esse último ato.

Assim, penso eu, devemos pensar melhor antes de seguirmos desembestados  para a Maçã e incentivarmos tal atitude empresarial. Pelo contrário, mesmo que por muitos julgadas como atitudes demagógicas, as doações substanciais de Gates (Microsoft), Zuckerberg (Facebook), Brin (Google) e muitos outros, com certeza farão a diferença para muitos e é uma forma de agradecer ao público a fortuna que tais personagens amealharam.

Veja mais em:


segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

(Mini-Crônica): Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis



Bom, e agora?


Vou me atrever a falar algo sobre esse clássico do Machado de Assis? Será que há algo de novo a se falar dele?


Duvido muito. Poderia ficar aqui lendo, relendo e tentando tirar leite de pedra e, com certeza, nada acresceria às inúmeras teses de doutorado que devem tê-lo apurado.


Mas, vejam só! Não é minha intenção falar nada de novo sobre os livros que tenho lido. Apenas mostrar uma ou duas coisas que acho interessante.


E o que me levou a ler esse livro nem foi meu próprio interesse. De Machado de Assis li Dom Casmurro e achei bem interessante. Li Esaú e Jacó e achei aborrecido. Aí, o Woody Allen fala que o Memórias Póstumas estava entre os livros que ele mais gostou de ler ultimamente. Pensei, "se o Woody Allen resolver filmar uma adaptação do livro eu precisaria tê-lo lido antes". E foi tal pensamento chinfrim e tiete que me fez ler o genial Machado.


Vergonhoso, confesso! 


Mas, pelo menos, o li. E gostei, bastante. Mal parafraseando Mr. Allen, é realmente bem atual seu texto. Digamos que a escrita e o modo de falar é absurdamente diverso de hoje, mas o contexto se assemelha. As tramas e intrigas e a boa vida de um playboy, o próprio Brás Cubas. Que vivia de obsessões e desejos e de os satisfazer.


E assim gasta a sua vida, sendo patrocinador de uma cortesã, quase arruinando sua família; ou estudando na Europa e dissolvendo mais dinheiro; ou com Virgília, mulher que poderia ter, mas deixou escapar, para ser seu amante; ou com seu amalucado amigo Quincas Borba, de quem quase assumiu uma também amalucada filosofia, o Humanitismo, ou como justificar a lei do mais forte; ou com sua carreira política sem brilho; e, quando decide pela derradeira obsessão, o emplastro Brás Cubas, encontra a morte em uma pneumonia.


E assim, coloca como última conquista, o fato de não ter deixado nenhum filho ou  criatura a quem poderia, mesmo inadvertidamente, transmitir os ensinamentos de sua desregrada e vadia vida. Ao menos disso ninguém poderia culpá-lo.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

(Mini-Crônica): O Olho, de Vladimir Nabokov



Terminei o livro O Olho de Vladimir Nabokov (Alfaguara, 2011).


É o primeiro que leio do autor. Deixei pra lá Lolita, por achar meio evidente, e parti para esse, meio sem saber o que queria e muito menos o que obteria.


E porque não fui ao Lolita, um clássico que nunca li?


Por dois motivos antagônicos.


Primeiro, tem a questão cinematográfica. Assisti à ultima versão do filme, de 1997, com o Jeremy Irons. Gostei muito, a atuação dos protagonistas, os cenários, tudo me pareceu verossímil, senão com a realidade, mas com a estória de Nabokov, mesmo sem tê-la lido.


Segundo, tem meu papel de pai. Quando assisti ao filme eu não tinha intenção de ter outro filho. Mas, apareceu Karina, que hoje se aproxima da idade de Lolita. Então, algo dentro de mim se opôs àquela experiência e àquele fato. Algo me encheu de nojo pelo protagonista e por tudo o que diz respeito ao enredo.


Assim, passou minha oportunidade de ler Lolita.


E assim caiu-me O Olho às mãos.


Trata-se aqui de um romance policial/detetivesco, ou um drama introspectivo ou um livro de abordagem espírita? Com certeza, um "não" à terceira opção; mas, um "pode ser" às demais.


Conta-se a estória de um jovem imigrante russo, chamado Smurov, fugido da revolução comunista, que tenta sobreviver na Alemanha da década de 1920. Envolve-se com uma mulher casada e sofre as consequências desse affair, com uma surra monumental do marido traído. Envergonhado e sem perspectivas, busca o suicídio. 


Até aí está certo, é isso mesmo. Mas, depois, nada mais pode ser definido.


Quem passa a contar a estória é o espírito de Smurov, que vê uma imagem de si mesmo em todos os lugares, e acompanha essa imagem? Ou é o próprio Smurov vivo, que fica esquizofrenico após a tentativa de suicídio e insiste em tratar a si mesmo, ora em primeira pessoa, ora em terceira pessoa?


De fato, não se sabe se os fatos narrados após a tentativa de suicídio ocorrem presentemente, ou em um passado recente, ou tratam de algo no futuro, bem depois do suicídio, consumado ou não.


Dizem que a tentativa do autor é demonstrar que a realidade é tão sobrenatural como o pensamento, e compete ao leitor descobrir o que é uma coisa e o que é outra.


Será possível que temos um terceiro olho; nosso, mas que está fora de nós, digamos em um tipo de limbo, nos analisando a todo instante e, ao final, seremos julgados por esse olho, que é nosso afinal? Quem poderia se safar desse julgamento?

terça-feira, 22 de novembro de 2011

(Poema): Ó cadeira!

Cadeirinha, cadeirinha!
Sempre me apoiou.
Sempre me amparou.
Sempre me susteve.
E me aprazia em seu assento
e em seu encosto descansava.
E podia ficar dias e tardes e noites.
E agora cadeirinha!
Porque machucar-me?
Porque fustigar-me?
Porque não me permitir o descanso?
Tratei-a mal, por acaso?
Quebrei tuas pernas?
Puxei-a com descuido
ou deixei-a longe de tua amiga mesa?
Quem sabe aquelas lascas de teu encosto...
fui eu quem as tirei?
Ou, se não tenho culpa, deixa-me aqui.
Deixa-me ficar em teu assento.
Deixa-me espaldar.
Conforta-me!

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

(Mini-Ensaio): Sobre artigo do Senador Cristovan Buarque

Não é a primeira vez (e muito menos será a ultima) que desejo repercutir um pensamento do senador Cristovan Buarque. Trata-se de um político que muito estimo, talvez o melhor que se dispõe no momento nesse Brasil, mesmo que alguns possam localizar aqui e ali alguma falha, coisa que é inerente à pessoa humana.


Dessa vez falo do artigo publicado em O Globo de 05.11.2011, intitulado "Cinismo ou Ceticismo".


Concordo com o Cristovan e creio que alguém deveria estudar mais profundamente essa nova faceta da corrupção no Brasil. Apresentar a cada dia novos vídeos e gravações não vai ao âmago da questão, ou seja, o porquê e o como se cria a corrupção no Brasil.


Porque nós brasileiros passamos a aceitar tão bem as pequenas corrupções, os pequenos deslizes, os simples desvirtuamentos de conduta e de ética? Será isso um fenômeno mundial que se repercute elevado à enésima potência aqui em nossas terras? Ou será isso um aspecto de nossa cultura e de nossa formação social, aquela máxima espúria do "povo formado por português ladrão, índio preguiçoso e negro malandro só poderia dar nisso"?


Logicamente que conta muito a nossa formação, feita por caminhos um tanto tortuosos. Claro que a maioria dos portugueses que vieram para cá não eram ladrões, mas uma grande parte não tinha interesse em desenvolver-se nessas paragens, mas delas retirar o que pudesse e a qualquer custo para retornar a seu país. Daí chamar-se a si próprio de "brasileiros", ou seja, morar no Brasil era uma profissão, mais que nacionalidade.  Também nossos índios não eram preguiçosos, apenas nunca precisaram passar pela exploração desmedida imposta por esses "brasileiros", já que sua terra lhes dava tudo que precisava sem grande esforço, e eles também não exigiam da terra mais do que necessitavam para sua sobrevivência, vivendo em equilíbrio com seu meio-ambiente. E nossos negros nunca poderiam ser chamados de "malandros", apenas agiam no seu direito de usurpado pela situação escravagista. Quem poderia achar ilegítima a necessidade de alguém querer fugir dessa situação.


Então há um acerto ao dizer-se que a nossa formação em muito contribuiu para nossa situação atual, de baixa moralidade pública,mas não nos termos simplistas apresentados acima. De fato, até hoje nossos políticos ainda se sentem "brasileiros", no sentido profissional (não importando se de ascendência branca, negra ou indígena), e não pensam em deixar um legado para as próximas gerações, como se seus próprios descendentes não fizessem parte dessa geração futura.


Mas, o problema não está somente no lado de cima de nossa pirâmide social. Os pequenos também se imiscuem nisso. Mesmo aqueles que nunca precisaram de forma ativa ou passiva passar por uma situação clássica de corrupção. Falo das "pequenas corrupções, os pequenos deslizes, os simples desvirtuamentos de conduta e de ética".


Isso mesmo, quando alguém acha-se muito esperto e favorecido pela sorte porque conseguiu passar à frente de um imenso grupo de pessoas, simplesmente porque conhece alguém que lhe deu esse "direito". Quando alguém resolve utilizar uma vaga de deficiente ou de idoso em um estacionamento lotado, simplesmente porque "ninguém viu" ou "porque é por pouco tempo". Quando alguém resolve parar em fila dupla ou sobre a calçada, porque “não tem nenhum guarda por perto” e "é por alguns minutos". Esses e outros tantos exemplos de pequenos delitos, aceitos placidamente por nossa sociedade, é que forma o caminho para coisas maiores, para que aqueles que os praticam se vejam também no direito ou na possibilidade ou na aceitação de algo maior, no interesse pessoal ou de sua família ou de seu grupo social, em detrimento às regras impostas a todos ou ao bem social maior.


Mas, estou muito, mas muitíssimo longe de ser o Euclides da Cunha para revelar algo além do que o Cristovan já disse em seu texto.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

(Mini-Ensaio): Consumo "ludico-recreativo" ?!

Falo do artigo "Campus da USP: Quem ganhou e quem perdeu" de Wálter Fanganiello Maierovitch, jurista e professor, onde ele faz uma defesa da invasão dos alunos ao prédio da reitoria da USP, em protesto pela presença da Policia Militar, após essa ter prendido alguns alunos que consumiam maconha no campus.
Sei que estar ao lado maioria, apesar de democraticamente ser a melhor posição, nem sempre é estar ao lado da razão ou da inteligência, mas, pelo menos dessa vez, a verdade é tão óbvia e simples, que não parece ser possível criar-se argumentos contrários.
O artigo está no link: http://maierovitch.blog.terra.com.br/
Fiz dois comentários sobre esse artigo: 
1°) 
Discordo muito do articulista. Comparar a nossa situação à Inglaterra é não ter qualquer conhecimento de como são as ruas das grandes cidades brasileiras. Aqui se mata mesmo, a qualquer instante e por qualquer motivo, se rouba de verdade, mesmo que a vítima não tenha se descuidado, e se estupra de verdade, mesmo em locais de elevada circulação e à luz do dia. Na Inglaterra, o cidadão tem uma sensação de segurança que em nenhum lugar do Brasil existe. O Reino Unido é o 28º maior índice de desenvolvimento humano e o Brasil é o 84º (somente 56 países nos separam, tais como Equador, Venezuela, Líbano, Líbia e muitos outros). Em questão de corrupção a Transparência Internacional aponta o Brasil como o 69º menos corrupto (para fazer um comentário otimista) e o Reino Unido o 20º (à frente do Brasil temos Gana, Botswana, Africa do Sul, entre outros). Então, logicamente que nossos problemas estão muitos buracos abaixo daqueles da Inglaterra. Discordo muito da política de permissão de consumo de drogas, principalmente em público, mesmo que a título “ludico-recreativo”(!!). Se querem brincar e recrear consumindo maconha, que o façam dentro de suas casas, a portas e janelas cerradas. Quando temos muitas frentes de luta e só podemos atender a uma ou a algumas, devemos escolher qual é(são) a(s) principal(is). Logicamente, que aquela que salvaguarda a vida e a integridade física dos alunos está muitas vezes à frente da pretensa liberdade (!?) que se quer adotar dentro do campus. E que liberdade é essa? Já se aprovou a liberação da maconha no Brasil? E os alunos que invadiram a reitoria, não agiram de forma não democrática, que prevê a submissão à vontade da maioria? E não destruíram patrimônio público? E não agiram em conluio todos eles a fim de invadir e destruir propriedade pública? Enfim, são tantos e tantos atos de desatino que praticaram esses jovens que se justifica a sua remoção pelo aparato policial empregado, o qual, apesar de forte, não infringiu malefício físico a nenhum dos jovens. Palmas à polícia nessa operação. Para chegarmos à posição do Reino Unido, com seus 100 prêmios Nobel (O Brasil não tem nenhum sequer, lembrando que a Argentina já foi laureada 5 vezes), nossos estudantes terão de fazer muito mais do que somente lutar por direito a uso de maconha no campus ou direito a invasão de reitoria.
Comentário por Francisco Santos — 8 de novembro de 201116:01
2°)
Já publiquei um comentário e deveria parar por ali, mas creio que os comentários do articulista servem de ótimo gancho para trazer à luz o trabalho dos juristas que escrevem nossas leis, principalmente as penais e as processuais. Tais leis têm duas possíveis destinações, ou foram feitas para países com níveis de desenvolvimento humano acima do atingido atualmente pela humanidade, ou foram especialmente talhadas para beneficiar e facilitar a defesa de criminosos. Exemplo disso é a profusão de recursos que existem em nosso sistema legal, que faz com que, até um assassino confesso, se assim desejar, nunca seja preso de fato. Outro exemplo são aqueles ineficazes “princípios”, feitos, ou para anjos, ou para criminosos convictos, ou um ou outro, nunca para seres humanos normais. Como exemplo, cito o tal principio de não criar prova contra si próprio, instrumento legítimo contra tortura, mas, inversamente usado para não obrigar um bêbado que matou no trânsito a fazer teste no bafômetro, ou ainda o principio de que o detento tem o direito de fugir da cadeia, ou que mesmo condenados possam responder indefinidamente em liberdade, já que o sistema foi feito para isso mesmo. São coisas que facilitam muito a vida de advogados de defesa de transgressores e deixam desprotegidas as pessoas que querem e somente sabem seguir à risca um responsável comportamento social. É o que aconteceu com esses “estudantes”, ao invadir a reitoria e quebrar tudo por lá, na defesa de um pretenso direito de consumir maconha em área aberta do campus, e a exigir que a policia saia e deixe a universidade à disposição de bandidos, e, mesmo diante de tais propostas estapafurdias, ter um jurista que saia em defesa deles, utilizando inúteis e despropositados comentários políticos ou uma filosofia que definitivamente não serve para as ruas. Realmente, triste Brasil! Com tal elite será impossível alcançarmos posição de destaque no cenário mundial, e com tais estudantes na melhor universidade brasileira, realmente será impossível sonharmos um dia com um prêmio Nobel, repetindo o exemplo do cometário anterior.
Comentário por Francisco Santos — 8 de novembro de 2011 @ 23:31

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

(Mini-Crônica): Bate papo

- Tudo bem. E você, como tem andado?
(...)
- Sei como é isso. Minha esposa, quando estava grávida, vivia reclamando desses enjoos. Principalmente nos primeiros meses...
(...)
- Não, depois não piora não. A tendência é melhorar, com certeza. Até diria que há três fases na gravidez, pela minha pouca experiência, mas é impossível generalizá-las a todas as mulheres...
(...)
- Não se preocupe. A Lívia vai passar pela segunda fase...
(...)
- Te explico. A primeira fase são os primeiros meses, talvez um, talvez quatro. Não sei. Com a minha durou menos de três. É quando aparecem os enjoos e mudanças mais radicais de humor. Afinal, é quando ela está entrando na aventura de ser mãe. Tem muitas mudanças internas. Há o medo maior da sobrevivência do embrião. Então deve-se entender que é uma fase que você deve agir com cuidado e paciência. A terceira fase é praticamente todo último mês da gestação, ou seja, pode ser o sétimo mês ou o oitavo mês, normalmente. É um mês de muitos incômodos com certeza. Ela estará inchada, grande e indisposta e pode estar levemente deprimida e com muito medo também. Também temos de ter paciência e estar disponíveis,...
(...)
- Isso mesmo. A segunda fase é o resto. No meu caso, ficou entre o começo do terceiro e começo do oitavo mês. A segunda fase foi muito agradável, em todos os sentidos. Não sentimos falta de nada nesse período e curtimos muito aqueles momentos. Então tenha paciência que vocês terão esse período relax também...
(...)
- Sim, fomos ao aniversário da Talita. E não fique chateado se ela não te convidou. Acho que é porque não conhece a Lívia. Eu mesmo só fui porque ela conhece a Bete há muito tempo. E só tinha cerca de dez pessoas. Mas, ela preparou um jantar muito gostoso e a própria fez o bolo. Olha, se fosse casada, com certeza o cara seria obeso, a não ser que lhe desse uma canseira em outras regiões da casa...
(...)
- Tem razão. Aquela não sabe nem o que é isso. Talvez até saiba, mas só de ouvir falar. Ela lê romance, assiste filmes com casais se amando, vê uma cena aqui outra ali, mas acho que aquilo tudo entra por uma orelha e sai pela outra. Nada, no que tange a relacionamento ou algo que o valha, faz morada em sua cabeça. É lisa como um bagre ensaboado, escorrega que é uma coisa quando o assunto vai por esse lado, mesmo que a estória não seja com ela...
(...)
- Sei lá porque! No seu aniversário eu fiquei procurando um presente. Uma lembrancinha. A Bete me encarregou disso. Um saco! Aí passei por uma lojinha, dentro de uma galeria perto do trabalho, e vi na vitrine uma peça decorativa de vidro, incrustada em uma pedra sabão. No vidro tinha uma inscrição em caracteres chineses que diziam significar "muita paixão". Pensei "não tem nada a ver com ela", mas era bem bonitinho, estava atraso. Mandei embrulhar e levei...
(...)
- Pois é! Achei que ela abriria o pequeno pacote, diria obrigado, e, depois que nós saíssemos, daria uma sumiço naquilo. Então, quando ela abriu o pacote, viu os caracteres, eu disse a primeira coisa que me veio à mente: "É isso que te desejo para esse novo ano de vida que se inicia"...
(...)
- Ahhh! Ela, que apesar dos trinta e cinco anos que estava completando, era mais inocente que qualquer moça de quinze anos de hoje em dia, me falou candidamente: "Ah! Você sabe que eu nem penso em me casar!".
(...)
- Eu já fui com os dois pés no peito: "Talita, não é isso que estou te desejando. Estou te desejando 'muita paixão'". E ela ficou sem entender. "Ora, e pra casar não precisa de paixão?"
- Falei, "claro que não, é o que menos necessita. Talvez é melhor nem ter. Para casar é necessário cumplicidade. Casamento, talvez, seja uma coisa mais para a sociedade, um compromisso para com a humanidade. Ao casar dizemos ao resto dos humanos, 'olha nós pretendemos cumprir com nosso compromisso de perpetuar a espécie e cuidar bem dos rebentos que podem vir'. É isso, em essência, o casamento..."
(...)
- Sei. É muita elocubração para a Talita, coitada. Nem sei o que me deu ficar polemizando com uma pessoa que não deseja problemas, só isso. Mas, eu não fiquei contente...
(...)
- Isso mesmo. Aproveitei que a Bete não estava por perto e completei, "digo que é melhor nem estar apaixonado para se casar. Apenas a cumplicidade é exigida. Ambos devem ser coniventes em tudo e sabedores do que pode acontecer ou já aconteceu, que, basicamente, é a finalidade do casamento, ou seja, dar um lar aos filhos. A paixão não suporta isso. Ela, pelo contrário, pede exclusividade. É dos sentimentos mais egoístas. Deseja suprir seu desejo e não imagina dividi-lo com ninguém. Assim, se o desejo é se apaixonar, melhor é cada um ficar em um canto, a imaginar, a sonhar, a desejar, a realizar com sofreguidão e depois desejar mais, ansiosamente, uma nova oportunidade..."
(...)
- E aí que ela ficou pensativa, sem resposta. Demorou longos segundos. E, amigo! Parece que vi nascer outra pessoa ali. Ficou toda sorridente. Deu-me um beijinho. Agradeceu o presente, disse, "vou colocar em um cantinho especial, onde eu sempre o possa ver, e lembrar-me de nossa conversa."
(...)
- Tem razão. Acho que soltei a Talita da jaula. Coitado de quem passar por perto.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

(Mini-Ensaio): O que é menos ruim?

Isso mesmo. Acho que a humanidade sobrevive até hoje tendo de fazer escolhas entre o ruim e o péssimo, a fim de fugir do pior.

São escolhas pessimistas?

Creio que não. Apenas nunca nos foi dada a oportunidade de escolher entre duas ótimas alternativas, pois, se assim fosse, ninguém se daria ao trabalho de analisar uma situação diferente da vigente.

De fato, ao sairmos do chão e subirmos nas árvores não foi porque o chão era bom e as árvores excelentes. A questão era que nossos predadores nos devoravam mais facilmente no chão. Mas, permanecer nas árvores também apresentava inúmeras desvantagens, além de ter de descer a todo instante. Ficávamos vulneráveis a outros predadores que podiam subir nelas e não tínhamos para onde escapar e, com certeza, morríamos facilmente ao cair de lá de cima.

Por causa desses problemas, resolvemos descer das árvores e aprendemos a andar eretos, o que nos fez enxergar mais longe e deixou nossas mão livres. Mas, voltamos a ser devorados por aquelas feras que ficaram aguardando nossa descida.

Ao final, entre mortos e feridos, salvou-se a maioria. Por tal motivo estou aqui escrevendo em um diminuto notebook com conexão sem fio em um café de São Paulo.

Então, devemos comemorar a recente morte do ditador da Líbia, Muammar Gaddafi? Devemos lamentar?

Vai saber!

Eu acho que a população da Líbia corre um risco enorme, pois, ao se livrar do Gaddafi, o predador que a encurralava em cima das árvores, talvez encontre outros monstros maiores e desconhecidos no chão (resta saber se valerá a pena, do ponto de vista da sobrevivência). Um deles é a desorganização social, a quase anarquia de líderes armados atés os dentes. Quem legitimamente matará quem? Se é que há assassinato legítimo.

Logicamente, uma transição calma seria bem melhor, mesmo que isso fosse impossível com a permanência do ditador no trono. Seria melhor que a oposição rebelde pudesse primeiro se estruturar institucionalmente, minar o governo aos poucos ao formar um corpo coeso e com propostas transparentes. Feito isso, uma revolta armada teria maiores chances de dar certo a médio prazo. Hoje, não se sabe o que, quando ou como ocorrerá alguma coisa.

Tal situação, os egípicios e tunisianos enfrentam e demorará muito para que encontrem seu caminho pela via democrática, se é que encontrarão, haja vista a total inexperiência com o jogo democrático, por vezes mais corrupto e demagógico que um regime monárquico, afinal, tudo depende de quem cria as regras e dá as cartas.

Sendo assim, não vejo com bons olhos a famosa primavera negra no Oriente Médio. Para o restante do mundo a situação é de maior insegurança hoje do que era há dez ou vinte anos, quando era possível observar as predadores andando pelos galhos das árvores. Principalmente porque era possível quantificá-los.

Com a derrocada de líderes do Iraque, Tunisia, Libia, Egito e outros que ainda virão, surge uma miríade de novos personagens que assume o poder via revolução e não por via democrática. Até quando permanecerão e o que farão quando o ópio da revolução cessar seu efeito anestésico na população?

Ninguém sabe.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

(Mini-Crônica): O profano e o erótico

Nunca fui muito ligada nessas coisas. Na verdade, é importante que se diga, até a ocorrência que relato, mantinha-me casta. E também na verdade, é importante que se acrescente, considero-me religiosa, embora não dedicada a nenhuma fé em específico.

Mas, as coisas a que me refiro, às quais disse que não era ligada, dizem respeito ao ser erótico e ao ser profano. Isso me causava tanto interesse quanto pesca submarina ou voo em asa delta, e posso dizer que tais atividades nunca me causaram qualquer tipo de sentimento, seja repulsa ou atração. Então é isso.

No entanto, nos últimos tempos, quando achava que a idade, embora não avançada, nada me traria de novo, ou ainda que, da mesma forma, a idade, que acreditava que chegaria de mãos dadas com a sabedoria e a mansidão, nunca me traria algo que desconhecia existir em mim e que deveria estar listada como o oitavo pecado, a saber: a curiosidade.

A curiosidade levou-me a querer provar do profano e do erótico, coisas que nunca pude dizer que estavam mortas em mim, porquanto nunca nasceram. Então, deviam estar em permanente hibernação em profundas cavernas de meu ser e que, com o advento das últimas chuvas de provocação da curiosidade, resolveram desabrochar aqui dentro, querendo aparecer, querendo ser vista;  embora, até o momento, tenha conseguido mante-los nesta estufa, verdejantes e produtivos, mas longe das vistas do grande público.

Entendam. O mal está na leitura. Já diziam os antigos que era melhor não educar as moças, para que não as capturasse a curiosidade advinda de leituras profanas. E tal dito concretizou-se comigo. Chegou às minhas mãos, a título de curiosidade, um D.H. Lawrence.

E lá veio esse D.H.Lawrence escarafunchar minha vida com seu amante de Lady Chatterley a me impregnar com aquele erotismo desconhecido. De repente senti-me desejosa de conhecer meu Oliver, de conhecer meu fodedor, como o próprio se designava.

Não! Não foi assim. Pensam que, de imediato li o livro e sai à rua à procura daquele que estivesse apto a me deflorar? Não, apenas digo que aí foi plantada a sementinha, logo regada a outras leituras, menos viscerais, não tão romanescas, não apresentadas com desculpas, mas direta e intencionalmente direcionadas a curiosas como eu, só que apenas uns trinta anos mais jovens, com hormônios mais desembestados, mas com cérebros ainda em formação e com muito pouco a oferecer além de buliçosos e insaciáveis corpos.

Então...

Então, eis que passei a perceber quem me observava. E não eram poucos. Principalmente, um...

Creio que há tempos, sim há tempos ele me observava. Nunca havia reparado, pois nunca a semente da devassidão encontrara terra e adubo em meu corpo. Mas, em um momento de devaneio erótico, por ninguém notado, pelo rabo do olho, notei uma figura buscando ângulo para me ver. Era ele. E foi o primeiro momento que me senti profana. Não no sentido religioso, como profanadora de uma imagem, ou de um rito, ou de uma escritura, mas profanadora de uma instituição. De algo que não poderia sê-lo, ou possuí-lo, ou desejá-lo, por vias normais. Senti-me assim porque gostei dessa procura, gostei do sentir desejada, do pulsar forte, da respiração ofegante, do retesar de músculos, do medo.

Senti-me profana porque, simplesmente por reflexo, forjei um flagrante para ele, conforme o desejava. Deitada estava, coberta com lençol, simulei um calor repentino e descobri-me, deixando a mostra coxas e bunda, para seu deleite, e não contente me virei de lado, ficando de costas para sua posição, expondo melhor o que ele queria ver. Somente ouvi um barulho vindo do corredor onde estava. Creio que a visão foi mais forte que suas pernas.

Adorei a sensação moleca. E estava aberto o meu caminho para o erotismo. Já não diziam que, onde passa um boi passa uma boiada? Então, que mandem os touros, pois a porteira estava escancarada. Perdidos os medos, perdidos os escrúpulos, ganhei o desejo, e, semana seguinte, encontrei o meu Oliver, que em nada deixou a desejar ao do livro.

Como o original, meu Oliver era também feio e rude, talvez mais feio e menos rude, mas era viçoso e tinha "a força da natureza em seu sexo".

E assim o profano levou-me ao erótico, só por curiosidade.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

(Texto): Pensamento sobre a Apple

É muito dificil e até temerário querer falar sobre uma unanimidade. Todos creem no contrário, todos estão preparados para receber um só discurso e não há quem pense diferente, já que é unânime a idéia.

É a esse respeito que gostaria de apresentar estas mal traçadas linhas. E é sobre o Steve Jobs e sua amada, e por muitos idolatrada, Apple que quero traçá-las.

Ele é tido como visionário, como gênio criativo e como o homem que trouxe o computador para as massas. Sua empresa, por consequência dele, é o instrumento utilizado para o objetivo semidivino de dar acessibilidade informática ao povo.

Porém, meus breves comentários se iniciam pelo final e com a seguinte pergunta: A que preço?

E não falo "a que preço" metaforicamente. É a que preço mesmo que eu me refiro.

Ora, a Apple é referência em qualidade e inovação? Sim, é! Mas, cobra bastante caro por isso, não só diretamente por seus hardwares e softwares, mas também exige um relacionamento monogâmico de seu consumidor.

Então, a Apple apresenta honestamente aquilo que lhe é pago, como qualquer empresa respeitável faria. Ótimo. Se a isso devemos prestar homenagens eternas, até com comunicado do Papa, então também posso ter o pretensioso direito de pensar que serei homenageado postumamente? Afinal, sou um respeitável pai de família, advindo de condições sociais talvez piores que o Steve Jobs e que entrego fielmente o que me foi conferido e pedido e solicito e recebo um pagamento justo por isso, assim como a Apple e seu festejado fundador.

O que quero dizer com tal ladainha?

Ora, se a empresa de Jobs oferece produtos inovadores e no estado-da-arte é por que cobra regiamente por isso. Os produtos da Apples nunca foram acessíveis ao povão em geral, mesmo nos Estados Unidos. Principalmente desde o Macintosh os seus computadores são muito mais caros do que os PC`s típicos. Esses sim, podemos dizer, são os responsáveis pela informatização das massas. PC`s baseados em programas originais ou pirateados da Microsoft, desde o DOS até o atual Windows 7, são os fusquinhas que ensinaram muita gente a pilotar um teclado e que desvirginaram as cabeças das últimas gerações em termos computacionais.

E, analisando-se os preços atuais de Ipad`s, Iphones, Macbook's e outros tais da Apple, os PC's genéricos continuarão a ser a única opcão para a maioria avassaladora da população.

Aliás, e isso é  a mais importante observação desse post, se dependessemos única e exclusivamente dos produtos da Apple, hoje somente uma ínfima fração da população teria acesso a computadores e não teríamos essa avalanche de gente informatizada que temos hoje, mas somente uma elite mais abastada, algo como acima da classe "B" brasileira. Deve-se elogiar isso? Tenho dúvidas.

Então, por favor, sai pra lá quem diz que foram Apple e Mr. Jobs os responsáveis pela massificação dos computadores.

Mas, como falar mal de um homem que foi filho adotivo e que, dizem, vendeu garrafas para comprar comida, chegando a fundador e presidente da mais valorizada empresa do mundo? Simples, é só não se falar mal, mas, acrescentar-se, a tudo o que se diz dele, um breve "porém". Logicamente que não quero, nem tenho autoridade, para desmerecer sua biografia, ainda mais nos bicudos e deprimentes momentos atuais, onde jovens desanimados tem poucas esperanças mesmo que concluam seus mestrados e doutorados.

Apenas queria apresentar um comentário destoante.

Inovador? Sim, mas a um custo bem alto.

Visionário? Depende se essa visão for acessível e paga via Itunes.

Gênio? Bom, a genialidade é algo objetivo para alguns e relativo para outros. Quem gosta de futebol certamente acha o Pelé um gênio, mas, quem não gosta, talvez não veja nenhuma genialidade nisso, por exemplo.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

(Poema): Vê-la pelas costas

Já disse que gosto também de te ver partindo?
Ver-te indo, como quando vindo,
também me dá prazer.

Quero-te pelas costas.
Mirar-te por trás.
Sentir teus cabelos em meu peito.
Olhar-te sem ser visto.

Alegra-me ser teu voyeur.
Sentir o vento que passa
quando passa por mim.

Permita-me olhar mais um pouco,
contemplar tua cintura,
o rebolar,
a junção coxas-ancas. Redondinha.
E o vão. No tamanho certo.

No mais, não tenho como quantificar
se sou mais feliz
na tua ida
ou na tua vinda

sábado, 17 de setembro de 2011

(Texto): Saiu outro

Bom.

Dei uma pausa no que estou fazendo e resolvi transformar os posts desse blog em um livro.

Selecionei os melhores até o momento (no meu abalizado conceito, lógico!! [hahaha]), fiz algumas revisões e o diagramei no meu formato "padrão" [outra, hahahah].

Coloquei capa e orelhas "bunitas" e...

Tcharammmm,

Tenho outro livro para meu deleite, e de quem quiser rever tudo isso em papel ou e-book (será que tem?!).

Segue os links:



http://www.agbook.com.br/book/78432--Andancas_e_Pensamentos
http://www.clubedeautores.com.br/book/78300--Andancas_e_Pensamentos

E tenho dito.

P.S.: Tudo isso ai dá um trabalhão. Se um dia eu ganhar dinheiro, contrato um diagramador e revisor, com certeza.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

(Mini-Ensaio): Sobre o pensamento arcaico do Colégio São Bento-RJ

Vejamos a matéria publicada no Terra sobre o Colégio São Bento do Rio de Janeiro, primeiro colocado no ENEM de 2010, principalmente no tocante a sua prática de não aceitar meninas em suas salas (!!).

O link da matéria "Método do 1º colocado no Enem remete ao século 19, diz especialista", é http://noticias.terra.com.br/educacao/enem/noticias/0,,OI5346342-EI8398,00-Metodo+do+colocado+no+Enem+remete+ao+seculo+diz+especialista.html 

Dessa matéria, extraio o comentário de um ex-aluno, que disse: "Claro que as mulheres distraem um pouco os homens. Se você tem uma namorada no colégio, fica com ela no recreio, vai para aula pensando nela, normal para o ser humano. Mas o colégio não tendo isso, ele o aluno fica mais focado. Isso é positivo porque você pode ter contato com as garotas fora do colégio, no clube ou na faculdade"

A idéia então é que as mulheres são empecilho intelectual para esses jovens!? É no mínimo estranha tal afirmação. Ao colocar-se, em uma mesma sala de aula, meninos e meninas o que se pretende não é, necessariamente, o contato (físico ou sentimental) entre eles, apesar de isso também fazer parte de nossa formação humana há milhares de anos. Mas, tenciona-se encarar ambos, moças e rapazes, como indivíduos antagônicos e complementares, ao mesmo tempo. Para os rapazes é bom ver as moças como seres pensantes, como aliadas e como desfiadoras intelectuais, e vice-versa. E não apenas como namoradas, como afirma o entrevistado. Em nenhum momento pode-se pensar nas mulheres unicamente como parceiras amorosas ou possíveis reprodutoras. Isso é lastimável.

Logicamente é somente a minha opinião, mas eu creio que a formação humana da maioria desses jovens será muito limitada. 

Assim, a casca de sua personalidade será bela e brilhante, mas o recheio pode ser um problema, sendo que, a qualquer momento essa casca pode quebrar por falta de consistência interna. 

Apenas um adendo. Esses jovens passarão em qualquer teste, em qualquer vestibular. Tudo bem. Se o objetivo deles for somente esse até o fim da vida, então os pais podem ficar tranquilos quanto ao que foi oferecido.

Mas, se, em qualquer momento, eles tiverem de participar de relacionamentos em grupos multidiferenciados em termos sexuais, de procedência social e/ou religião, aí a deficiência de formação ficará latente. Pois, de onde tais jovens tirarão as salutares experiências de negociar em ambiente de trabalho (a escola, em última análise, é o ambiente de trabalho do estudante) com meninas e moças e/ou negociar com pessoas de orientação religiosa diferente, já que, naturalmente, também não se relacionam com pessoas pobres?

São jovens que somente sabem a visão do mundo pelo lado rico, masculino, de cunho puramente católico, excessivamente técnico e reprodutor de conhecimentos, sendo que se relacionam unicamente com outros jovens de igual pensamento.

Para mim seria temerário uma empresa querer contratar jovens assim para funções não puramente técnicas. A chance de serem intolerantes com, principalmente, mulheres ou pessoas de credos não-católicos, ou com pessoas excessivamente criativas ou ainda advindas de famílias pobres é muito grande. Se a pessoa juntar esses quatro atributos então, nem se fala!

Ora. Se passaram a vida se vangloriando de um modelo que exclui mulheres e pessoas não-católicas, e que se propõe ser rígido em reprodução de conhecimentos, como eles poderiam olhar com bons olhos, ou mesmo aceitar a existência, por exemplo, de uma mulher ateia ou uma mulher espírita que o desafie com uma solução muito criativa em uma reunião de trabalho? 

O modelo do Colégio São Bento não prepara jovens para tais situações, e digo que tais situações são muito, mas muito frequentes, nos dias de hoje. Para mim, então, tais jovens serão, e sempre serão, excelentes técnicos individualistas. Enquanto puderem operar no campo total e estritamente individual e técnico, tudo bem. Mais que isso é temerário colocá-los. Os resultados podem variar de abaixo da média para desastroso.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

(Texto): Tá feito

Tinha concluído dois textos, ou livros, vai saber!?


Enviei-os para um site que diz divulgar para editoras, e traz uma lista com centenas delas, até no exterior!

Depois, descobri que dificilmente editoras vão ler os textos pelo computador, e também não irão gastar um centavo sequer imprimindo isso. Ora, então porque diabos paguei para o tal site?

Tá bom, nem foi muito. Mas, que bobagem! Inicialmente, sinceramente nem tinha intenção em divulgar esses textos, ou outros que ando fazendo. Afinal, não estão funcionando muito bem como terapia?

Sim, mas, talvez a vaidade seja o pior dos pecados. Assim, decidi tentar publicá-los. Afinal, parafraseando Mário de Andrade, em sua "Paulicéia Desvairada", perdoem-me em dar algum valor a esses escritos. Não há pai que, sendo pai, abandone seu filho corcunda que se afoga, para salvar o lindo herdeiro do vizinho.


Mesmo assim, como ainda não aposto totalmente nos textos concluídos, o que me faria pagar pela publicação, coisa sugerida pelas únicas editoras que me procuraram, enviei-os a sites especializados na publicação sob demanda. 


O problema é que tudo fica por minha conta, além do texto em si, precisei diagramar, revisar, fazer a capa e a divulgação. Dá um trabalhão, e isso para concluir algo semi-profissional e sem garantias expressas de perfeição (talvez, muito pelo contrário). Mas, acho que ficaram "bonitinhos".


Eles cuidam da impressão e envio. O preço é outro problema, pois sai um pouco mais caro, se compararmos ao preço por página de livros de maior tiragem publicados por grandes editoras. A qualidade da impressão é bem razoável e não deixa nada (nada mesmo) a desejar, com papel de boa qualidade e letras bem impressas e legíveis. A capa poderia ter um melhor acabamento (plastificado, por exemplo), mas também não fica muito para trás.


Talvez os mande, impressos, diretamente para meia dúzia de editoras, quem sabe? Nem registrei-os na Biblioteca Nacional!


Fica para o futuro.


Os links para os referidos sites são:


 


http://www.clubedeautores.com.br/authors/2170


http://www.agbook.com.br/authors/43989


Abraço,



terça-feira, 30 de agosto de 2011

(Mini-Ensaio): Educação e Saúde, o público antes do estatal

Li um artigo do senador Cristovam Buarque no Globo de 27/08/2011 (http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2011/08/27/um-medico-vermelho-401380.asp ). O artigo intitulava-se "Um médico vermelho" e tinha a intenção de homenagear o grande médico Aloysio Campos da Paz, da Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação, reconhecido nacionalmente pela qualidade dos serviços em ortopedia.

O artigo do Cristovam trata basicamente do seguinte, devemos perseguir serviço público de qualidade, sem importar-se com o estatismo da coisa, mas preocupando-se com o usuário final do serviço. Devemos prestigiar as pessoas que tornam possível o atendimento, como os servidores e contratados envolvidos, devemos dar-lhe bons salários e boas condições de trabalhos, mas deve-se exigir contrapartida, e muito.

Sendo assim, talvez o mecanismo estatal paralisante e corporativista brasileiro, sempre pedindo mais e não querendo ser forçado a se obrigar com nada, não serve à população. Os nossos servidores acostumaram-se em demasia a pedir o máximo e oferecer o mínimo. A bem da verdade, nossa população, em geral e cada vez mais, está se acostumando a isso, ou seja, sempre reclamar mais e mais direitos, e menos e menos deveres. Os políticos que proporcionam isso, certamente se elegerão.

Assim, pessoas como Aloysio Campos da Paz, que brigam pelo atendimento à população, pela exigência de um bom atendimento, pelo publicismo do serviço, é taxado de privatista. Mas, a experiência e a história provam o contrário, sendo a Rede Sarah de Hospitais um padrão de qualidade, mesmo sendo público, embora não-estatal.

E foi nessa linha que encaminhei um e-mail à Secretaria de Edução do Estado de São Paulo e ao próprio Senador Cristovan, em junho de 2008, tratando da implementação de escolas no sistema de parcerias público-privadas. O texto encaminhado ao Senador:

"
Senhor senador.

Estou na Av. Paulista presenciando estupefato a segunda passeata monstro dos professores estaduais de São Paulo no mesmo mês. A passeata é monstro pelo seu tamanho, pelo transtorno na circulação de carros e ônibus no degradado trânsito de São Paulo, mas, principalmente pelo efeito nefasto que causa na vida dos alunos. Por todo lado vemos movimentos grevistas de funcionários públicos e sem dúvida uma das que tem efeito mais perverso em longo prazo é o dos professores do Ensino Fundamental. Esses profissionais são, na maioria das vezes, a única barreira entre as crianças e pré-adolescentes e a criminalidade. Vejamos então qual será o futuro desses pequenos e, em última análise, de nosso país.

Certamente, os professores devem ganhar salários dignos, e um plano que eleve esses rendimentos deve ser feito para implementação em curto/médio prazo (entre 1 e 5 anos). Porém, concordo em gênero, número e grau com a exigência de comprometimento dos professores com a sua formação constante e seu desempenho pedagógico. Ora, se os alunos são avaliados bimestralmente, os professores também o deveriam ser, mesmo que em outra periodicidade, mas nunca mais de um ano. Os profissionais da educação não podem se valer de inúmeras licenças e subterfúgios para não dar aula e/ou ter tempo para atividades mais bem remuneradas. Devem cumprir com suas obrigações no magistério. Com certeza todos que se valem dessas "saídas legais" (mas, imorais) devem, não só terem reduzido seus salários, mas sair do serviço público pelas portas dos fundos.

Senhor senador.

Já que é difícil mudar a legislação trabalhista que engessa o serviço público e mais ainda a educação pública, porque o Estado não pensa em criar convênios do tipo Parceria Pública-Privada para a área de educação? Algo como a implantação de escolas onde o Estado garantisse a construção do prédio e sua infra-estrutura e a iniciativa privada (ou ONG, como queira), após licitação feita por lotes de escolas (mínimo de 2 escolas por gestor privado), garantisse o fornecimento dos equipamentos escolares, gestão, conservação e ampliação da escola até um limite máximo instituído na concessão. A conservação periódica do prédio escolar (prevista no contrato de concessão, com obrigações para o Estado e o concessionário, com multas para inadimplentes) seria co-responsabilidade entre o Estado e o concessionário.

Assim, o Estado passaria a avaliar diretamente as concessionárias do serviço, que seriam somente instituições com reconhecida experiência educacional e/ou associadas a instituições com tal experiência consolidada. O Estado poderia até reduzir o prazo de concessão do serviço caso a qualidade caísse abaixo de certos níveis. Os professores seriam contratados diretamente pelas concessionárias nos moldes que ela adote às suas escolas particulares (é imprescindível que o concessionário seja ou se associe a um gestor educacional com experiência comprovada e que tenha escolas em pleno funcionamento).

A remuneração das concessionárias seria através de repasse público, feito com base no custo de uma escola pública padrão para a região (nem mais, nem menos) com reajuste contratual anual, premiação em dinheiro por boa gestão pedagógica, bom desempenho escolar dos alunos e elevação do nível de qualificação dos professores. O ensino seria gratuito como é hoje. Além do padrão de ensino mínimo exigido para uma escola estadual (livros, materiais, equipamentos), haveria um “plus” contratual advindo do método que a concessionária emprega em suas escolas particulares (tais como, sistema de ensino padrão da escola ou aulas extras de reforço ou alguma vantagem tipicamente oferecida em escolas particulares da concessionária), para o qual não haveria cobrança aos alunos. No entanto, a concessionária poderia fornecer cursos e reforços curriculares pagos por alunos que se dispusessem a pagar (tais como, aulas de reforço extra, natação, robótica, balé, judô, capoeira, curso de línguas em regime intensivo ou semi-intensivo, e outros cursos que vemos normalmente em escolas particulares, porém sendo exigido um percentual mínimo de participantes meritórios e gratuitos até nesses cursos extracurriculares pagos).

Tenho certeza que tais escolas seriam mais baratas para o Estado a médio e longo prazo, pois não formaria um passivo previdenciário de responsabilidade do Estado, e a conservação predial da escola seria de responsabilidade parcial da concessionária. Porém, o ensino seria de qualidade superior, os professores teriam obrigatoriedade de reciclagem periódica e salários mais dignos, além de que dificilmente veríamos greve e passeatas de professores.

         Grato pela atenção. Francisco das Chagas Nobre Santos  "

Enviei texto semelhante à Secretaria de Educação de São Paulo. De ambos destinatários somente recebi a mensagem de ter recebido o e-mail.








sexta-feira, 5 de agosto de 2011

(Mini-Crônica): Solar, de Ian McEwan



E acabei de ler o Solar do Ian McEwan (Cia. das Letras, 2010).

Confesso que foi um livro difícil de ler. Em um primeiro momento eu quis lê-lo porque achava a sua temática, que algumas sinopses propugnavam, seria a discussão de uma fonte de energia renovável, obtida do sol, ao estilo da fotossíntese. 

Tal idéia, abordada de uma forma inteiramente diferente, eu apresento em uma situação também bem diversa do Solar, em um livro que estou escrevendo. Quem sabe um dia eu conclua o livro e tenha coragem de divulgá-lo.

Até lá, muita água vai passar por debaixo dessa ponte, e muitos bronzeados o nosso sol também vai permitir.

Mas, na verdade, não é essa a temática do livro. Isso é apenas um mote para adentrar no submundo conspiratório dos cientistas e sua disputa, às vezes desleal, por prestígio.

Ademais, em muito momentos, o livro parece mais o roteiro de uma comédia ao estilo pastelão, sendo que o personagem principal se encaixaria muito facilmente como o Hardy, de "O gordo e o magro", embora esse não fosse mau caráter em essência e nem gênio em inteligência como, ambiguamente, o Larry Summers de Solar o é.

Penso que pouquíssimos leitores conseguirão se encaixar no perfil do protagonista, o que gera pouca empatia com ele, que é o modelo do anti-herói. Aliás ninguém vai querer se encaixar naquele perfil, mesmo que somente sob o ponto de vista físico, o que já seria muito desabonador.

Mas, algum comentário que li, em uma sinopse por aí, resumiu bem o livro e acrescento aqui: O protagonista me parece toda a humanidade, obesa, enorme, quase inválida, mas a pedir sempre mais de suas amantes, sem saber como, apesar de sua feiúra e de suas ações, ainda consegue a atenção de amantes tão belas e dedicadas. É como nosso planeta, tão lindo, tão receptivo, tão solícito em atender nossas necessidades. Até quando poderemos manter essa relação? E quando ele nos abandonar?

De um outro ponto de vista, uma coisa interessante no livro, é perceber como um fato sem importância, algo tão bobo, tão estúpido, pode transformar nossas vidas de forma decisiva, mesmo que tenhamos dados outros motivos muito mais sérios e consistentes para tal transformação, seja para o bem ou para o mal. Ou seja, ainda somos governados pelo caos.

Sendo assim, para que serve mesmo o planejamento?

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

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