terça-feira, 22 de novembro de 2011

(Poema): Ó cadeira!

Cadeirinha, cadeirinha!
Sempre me apoiou.
Sempre me amparou.
Sempre me susteve.
E me aprazia em seu assento
e em seu encosto descansava.
E podia ficar dias e tardes e noites.
E agora cadeirinha!
Porque machucar-me?
Porque fustigar-me?
Porque não me permitir o descanso?
Tratei-a mal, por acaso?
Quebrei tuas pernas?
Puxei-a com descuido
ou deixei-a longe de tua amiga mesa?
Quem sabe aquelas lascas de teu encosto...
fui eu quem as tirei?
Ou, se não tenho culpa, deixa-me aqui.
Deixa-me ficar em teu assento.
Deixa-me espaldar.
Conforta-me!

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