quinta-feira, 29 de setembro de 2011

(Poema): Vê-la pelas costas

Já disse que gosto também de te ver partindo?
Ver-te indo, como quando vindo,
também me dá prazer.

Quero-te pelas costas.
Mirar-te por trás.
Sentir teus cabelos em meu peito.
Olhar-te sem ser visto.

Alegra-me ser teu voyeur.
Sentir o vento que passa
quando passa por mim.

Permita-me olhar mais um pouco,
contemplar tua cintura,
o rebolar,
a junção coxas-ancas. Redondinha.
E o vão. No tamanho certo.

No mais, não tenho como quantificar
se sou mais feliz
na tua ida
ou na tua vinda

sábado, 17 de setembro de 2011

(Texto): Saiu outro

Bom.

Dei uma pausa no que estou fazendo e resolvi transformar os posts desse blog em um livro.

Selecionei os melhores até o momento (no meu abalizado conceito, lógico!! [hahaha]), fiz algumas revisões e o diagramei no meu formato "padrão" [outra, hahahah].

Coloquei capa e orelhas "bunitas" e...

Tcharammmm,

Tenho outro livro para meu deleite, e de quem quiser rever tudo isso em papel ou e-book (será que tem?!).

Segue os links:



http://www.agbook.com.br/book/78432--Andancas_e_Pensamentos
http://www.clubedeautores.com.br/book/78300--Andancas_e_Pensamentos

E tenho dito.

P.S.: Tudo isso ai dá um trabalhão. Se um dia eu ganhar dinheiro, contrato um diagramador e revisor, com certeza.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

(Mini-Ensaio): Sobre o pensamento arcaico do Colégio São Bento-RJ

Vejamos a matéria publicada no Terra sobre o Colégio São Bento do Rio de Janeiro, primeiro colocado no ENEM de 2010, principalmente no tocante a sua prática de não aceitar meninas em suas salas (!!).

O link da matéria "Método do 1º colocado no Enem remete ao século 19, diz especialista", é http://noticias.terra.com.br/educacao/enem/noticias/0,,OI5346342-EI8398,00-Metodo+do+colocado+no+Enem+remete+ao+seculo+diz+especialista.html 

Dessa matéria, extraio o comentário de um ex-aluno, que disse: "Claro que as mulheres distraem um pouco os homens. Se você tem uma namorada no colégio, fica com ela no recreio, vai para aula pensando nela, normal para o ser humano. Mas o colégio não tendo isso, ele o aluno fica mais focado. Isso é positivo porque você pode ter contato com as garotas fora do colégio, no clube ou na faculdade"

A idéia então é que as mulheres são empecilho intelectual para esses jovens!? É no mínimo estranha tal afirmação. Ao colocar-se, em uma mesma sala de aula, meninos e meninas o que se pretende não é, necessariamente, o contato (físico ou sentimental) entre eles, apesar de isso também fazer parte de nossa formação humana há milhares de anos. Mas, tenciona-se encarar ambos, moças e rapazes, como indivíduos antagônicos e complementares, ao mesmo tempo. Para os rapazes é bom ver as moças como seres pensantes, como aliadas e como desfiadoras intelectuais, e vice-versa. E não apenas como namoradas, como afirma o entrevistado. Em nenhum momento pode-se pensar nas mulheres unicamente como parceiras amorosas ou possíveis reprodutoras. Isso é lastimável.

Logicamente é somente a minha opinião, mas eu creio que a formação humana da maioria desses jovens será muito limitada. 

Assim, a casca de sua personalidade será bela e brilhante, mas o recheio pode ser um problema, sendo que, a qualquer momento essa casca pode quebrar por falta de consistência interna. 

Apenas um adendo. Esses jovens passarão em qualquer teste, em qualquer vestibular. Tudo bem. Se o objetivo deles for somente esse até o fim da vida, então os pais podem ficar tranquilos quanto ao que foi oferecido.

Mas, se, em qualquer momento, eles tiverem de participar de relacionamentos em grupos multidiferenciados em termos sexuais, de procedência social e/ou religião, aí a deficiência de formação ficará latente. Pois, de onde tais jovens tirarão as salutares experiências de negociar em ambiente de trabalho (a escola, em última análise, é o ambiente de trabalho do estudante) com meninas e moças e/ou negociar com pessoas de orientação religiosa diferente, já que, naturalmente, também não se relacionam com pessoas pobres?

São jovens que somente sabem a visão do mundo pelo lado rico, masculino, de cunho puramente católico, excessivamente técnico e reprodutor de conhecimentos, sendo que se relacionam unicamente com outros jovens de igual pensamento.

Para mim seria temerário uma empresa querer contratar jovens assim para funções não puramente técnicas. A chance de serem intolerantes com, principalmente, mulheres ou pessoas de credos não-católicos, ou com pessoas excessivamente criativas ou ainda advindas de famílias pobres é muito grande. Se a pessoa juntar esses quatro atributos então, nem se fala!

Ora. Se passaram a vida se vangloriando de um modelo que exclui mulheres e pessoas não-católicas, e que se propõe ser rígido em reprodução de conhecimentos, como eles poderiam olhar com bons olhos, ou mesmo aceitar a existência, por exemplo, de uma mulher ateia ou uma mulher espírita que o desafie com uma solução muito criativa em uma reunião de trabalho? 

O modelo do Colégio São Bento não prepara jovens para tais situações, e digo que tais situações são muito, mas muito frequentes, nos dias de hoje. Para mim, então, tais jovens serão, e sempre serão, excelentes técnicos individualistas. Enquanto puderem operar no campo total e estritamente individual e técnico, tudo bem. Mais que isso é temerário colocá-los. Os resultados podem variar de abaixo da média para desastroso.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

(Texto): Tá feito

Tinha concluído dois textos, ou livros, vai saber!?


Enviei-os para um site que diz divulgar para editoras, e traz uma lista com centenas delas, até no exterior!

Depois, descobri que dificilmente editoras vão ler os textos pelo computador, e também não irão gastar um centavo sequer imprimindo isso. Ora, então porque diabos paguei para o tal site?

Tá bom, nem foi muito. Mas, que bobagem! Inicialmente, sinceramente nem tinha intenção em divulgar esses textos, ou outros que ando fazendo. Afinal, não estão funcionando muito bem como terapia?

Sim, mas, talvez a vaidade seja o pior dos pecados. Assim, decidi tentar publicá-los. Afinal, parafraseando Mário de Andrade, em sua "Paulicéia Desvairada", perdoem-me em dar algum valor a esses escritos. Não há pai que, sendo pai, abandone seu filho corcunda que se afoga, para salvar o lindo herdeiro do vizinho.


Mesmo assim, como ainda não aposto totalmente nos textos concluídos, o que me faria pagar pela publicação, coisa sugerida pelas únicas editoras que me procuraram, enviei-os a sites especializados na publicação sob demanda. 


O problema é que tudo fica por minha conta, além do texto em si, precisei diagramar, revisar, fazer a capa e a divulgação. Dá um trabalhão, e isso para concluir algo semi-profissional e sem garantias expressas de perfeição (talvez, muito pelo contrário). Mas, acho que ficaram "bonitinhos".


Eles cuidam da impressão e envio. O preço é outro problema, pois sai um pouco mais caro, se compararmos ao preço por página de livros de maior tiragem publicados por grandes editoras. A qualidade da impressão é bem razoável e não deixa nada (nada mesmo) a desejar, com papel de boa qualidade e letras bem impressas e legíveis. A capa poderia ter um melhor acabamento (plastificado, por exemplo), mas também não fica muito para trás.


Talvez os mande, impressos, diretamente para meia dúzia de editoras, quem sabe? Nem registrei-os na Biblioteca Nacional!


Fica para o futuro.


Os links para os referidos sites são:


 


http://www.clubedeautores.com.br/authors/2170


http://www.agbook.com.br/authors/43989


Abraço,