terça-feira, 13 de dezembro de 2011

(Texto): Nem um pouco "novas" sobre Steve Jobs

Não há dúvidas que o Steve Jobs influenciou, e muito, o mundo, partindo de sua Apple e...

Não, não há nada mais. Steve Jobs não fazia nada mais do que lançar produtos da Apple e, com certeza, aporrinhar os engenheiros da empresa para que desenvolvessem novas alternativas.

Mas, fora isso, ele não fez nada mais. Aliás, como demonstra os comentários que li em algumas reportagens, o que ele desejava era justamente o oposto, ou seja, era não abrir, não divulgar e não falar nada mais que o necessário para o usuário saber usar suas engenhocas e era isso.

E fico a pensar como tantos divinizaram um ser humano tão monocórdico como esse. O cara só pensava e falava aquilo que fosse pertinente à Apple e seus produtos. Na verdade ele não criava propriamente dito. Ele era o showman, o apresentador e o marqueteiro. Logicamente deveria participar direta ou indiretamente na gestação dos produtos, dando parâmetros e cobrando resultados.

Mas, a Apple que ele criou tornou-se uma empresa totalmente refratária a opiniões ou a pesquisas ou a consultas seja de quem for. E é até hoje a mais fechadas das empresas da área tecnológica. Mesmo em um mundo cada vez mais "aldeia global". 

Um contrasenso. O mais sofisticado exemplo do "casa de ferreiro, espeto de pau".

A Apple, talvez seguindo diretrizes de um sisudo e furioso Jobs (segundo comentários colhidos de  "A Cabeça de Steve Jobs", de   Leander Kahney - Agir - 2008), não participa de redes sociais na internet, não participa de feiras de tecnologia pelo mundo afora, ninguém dá entrevista, ninguém comenta nada, todos morrem de medo de falar o que quer que seja. E acho que isso até não seria de estranhar, afinal nem um cabo ela compartilha com outras marcas.

Em meu post de 07/10/2011 (Texto: Pensamento Sobre a Apple) eu procurei instigar um pensamento sobre um dos porquês da Apple ser tão vitoriosa. Ora, simplesmente porque ela é e sempre foi a mais cara. Sempre produziu para a elite. E, para mim, a conclusão mais importante daquele post foi que, se dependessemos da Apple, nunca teria acontecido realmente a massificação da informática como ocorreu. Isso bastaria para mim para tirar essa aura mágica que paira sobre a cabeça de Jobs. 

Mas, eu não consigo separar os produtos das pessoas que os produzem ou, principalmente, que os criam e vendem e que mais ganham com sua venda. É muito importante sabermos como Jobs era egocêntrico. Sabermos que, diferente de todos os magnatas da tecnologia, ele nunca se preocupou e nunca quis se preocupar com nada que não gerasse receita para a Apple. Só isso.

Ninguém tem noticia de uma doação feita por ele, seja a escolas, a hospitais ou a fundações. Ao que se sabe, nem depois de descobrir ser portador de um câncer, ele decidiu contribuir com algum centro de pesquisa que cuidasse diretamente de seu tumor, o que por si só já seria algo egoísta, mas, talvez beneficiasse outras pessoas  com esse último ato.

Assim, penso eu, devemos pensar melhor antes de seguirmos desembestados  para a Maçã e incentivarmos tal atitude empresarial. Pelo contrário, mesmo que por muitos julgadas como atitudes demagógicas, as doações substanciais de Gates (Microsoft), Zuckerberg (Facebook), Brin (Google) e muitos outros, com certeza farão a diferença para muitos e é uma forma de agradecer ao público a fortuna que tais personagens amealharam.

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