quarta-feira, 27 de abril de 2011

(Mini-Ensaio): Sobre os insanos "descartes" de recém-nascidos

 Enviei ao blog do Planalto (Presidência da República) a seguinte mensagem, sobre o assunto-título desse post.

 Se vai gerar algum resultado? Não sei, mas, nesse momento, é somente o que posso fazer.

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Senhores(as).
 Talvez aqui não seja o foro adequado para expor a situação, mas solicitaria o especial obséquio de dar o devido encaminhamento, se possível.
 A questão que me preocupa é o aumento (ou, pelo menos, aumento da exposição das ocorrências) do número de recém-nascidos abandonados em lixeiras ou outros lugares impróprios.  Solicito encarecidamente que o governo, o MS em especial, tome uma atitude eficaz e rápida quanto a esse fato. Ofereço minha sugestão, que é a criação e a divulgação imediata de uma campanha e de medidas urgentes para controle ou diminuição da gravidez indesejada. Para mim essa é a principal, embora não a única, causa dos ocorridos. O ministro poderia  vir a público explicar o que as pessoas podem fazer para evitar tal gravidez, implementar e/ou explicar a distribuição gratuita de contraceptivos, seja hormonais ou por acessórios, poderia (na verdade, deveria) ser criados mecanismos que garantissem a laqueadura em mulheres e vasectomia em homens, ambos de forma voluntária e em pessoas com muitos filhos (creio que acima de 3). O Ministro poderia vir a público e explicar às pessoas que não desejam ter mais filhos que procurem imediatamente postos de saúde ou hospitais públicos para que seja verificada a possibilidade do uso desses mecanismos. Poderia também pedir que as mães que já estejam em uma gestação indesejada que comuniquem tal fato às maternidades e deixem as crianças para adoção, pois não serão penalizadas por isso e ninguém a impedirá de cometer tal ato, mas sempre lembrando a todos que há forma de prevenir uma gravidez indesejada. Pedindo: “Por favor, procurem o seu posto de saúde ou Hospital Público  antes de tomar uma decisão.”
 Senhores (as), antes de invocar qualquer pensamento religioso sobre o assunto, devemos pensar nas crianças submetidas e expostas a esse tratamento insano, incluindo-se aí aquelas crianças que efetivamente nascem e não são descartadas dessa forma, mas se veem assolados pela extrema miséria e desamparo em ambientes “familiares” exploradores, violentos, imundos e sem alimentos, como vemos costumeiramente em nossos noticiários, tudo porque nossa sociedade age com hipocrisia quanto à necessidade urgente de um controle dessa gravidez indesejada, principalmente entre pessoas paupérrimas e já com extensa prole.
 Tal procedimento nada tem a ver com ideologia, seja ela qual for, mas com os sofrimentos de fato a que são inocentemente penalizadas tais crianças. Que ninguém queira estar na pele de uma delas.
 Essa deveria ser a principal preocupação nesse caso, mas, o desespero de uma mãe que se vê obrigada a tal ato, também deve ser pesado. Tais motivos justificam amplamente a medida de um eficaz programa governamental para evitar a gravidez indesejada.
Muito obrigado pela sua estimada e preciosa atenção.
Francisco

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