segunda-feira, 30 de junho de 2014

(Crônicas e Poesias): Perguntas diletantes para não achar respostas


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O que posso dizer de minha infelicidade?
A que posso compará-la?
Como posso contextualizar minhas desventuras?
Como fazer-te saber as agruras de viver sob minha pele?




E você,  como terei consciência de seus desejos?
O que poderá ser mais relevante que aquele momento que não viveu?
Como pode incutir em mim aquela decepção?
A quem pedirá contas de tais miasmas?

Temos sempre que viver nossas próprias dores?
Seremos eternamente, cada um de nós, ilhas inalcançáveis?
Temos, então, universos dentro de nossa própria consciência?
Ou somos pontos em nossa dimensão, onde somente se permite um ocupante?

Estou então preso ad aeternum à minha própria pele?
O infinitamente pequeno ponto de minha mente será minha cela para sempre?
Nesse ponto construo meus dragões e tenho que pelejar contra eles. Sou o deus e o demônio de mim mesmo?
Nesse ponto terei sepultadas minhas infelicidades e somente eu mesmo visitarei os seus jazigos.

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