Free image on http://www.sxc.hu/photo/1209643 by iamwahid |
Nos últimos posts tenho focado na literatura e na divagação, ou seja, na parte de "crise existencial" de minha vida, que consome boa parte de minhas energias, e que precisa ser domesticada senão leva tudo.
Tenho muitos motivos para não abandoná-la por completo. Ela me consome, mas me sustenta também. A cada mordida leva um bocado, mas deixa outro, alguns gramas maior, algumas vezes inútil, outras vezes melhor do que levou. E assim vou vivendo.
Mas, a quantas andam meu "Sonho Canadense"?
Hoje, já não o identifico como totalmente canadense, mas continua um sonho. Sim, porque já cogito a possibilidade de algumas cidades americanas ou australianas. As candidatas americanas são, pela ordem, Orlando, Atlanta, ou qualquer outra de médio porte ou bem próxima a cidades de médio porte em zonas subtropicais americanas. As candidatas australianas, as quais não poderia deixar de ser, são Melbourne e Sidney, ou suas periferias. Mas, desponta muito forte também, Brisbane.
O Canadá continua como preferência geral. Mas, a cidade de Vancouver não é mais absoluta. Percebi que há muitas pequenas e médias cidades no entorno de Vancouver que podem acolher esta pobre figura, a minha cara metade e crias. Não quero ir mais para dentro do Canadá e nem tenho grande vontade de ir para Toronto e região, ou a parte francófona do país, nem tanto pela língua (já que nem inglês eu falo ainda), mas pelo clima devastadoramente frio de lá.
Então, sendo Canadá, o entorno expandido de Vancouver ainda é soberano.
E o que estou fazendo no momento? Qual é o plano de ação?
Começando pelo plano.
Ele não existe propriamente falando, ainda!
É que há inimigos que se mostram invencíveis. Mas, espero que esse adjetivo tenha o mesmo destino da Invencível Armada espanhola, que acabou por ser facilmente vencida pelos ingleses.
O primeiro inimigo é a língua. Estou na luta. Estudo inglês em todas as horas livres do dia, desde que iniciei esse "sonho". Faço cursos on-line e deles posso dizer que são apenas "cursinhos". Ou seja, apenas para quem não pode fazer coisa melhor; ou seja, apenas para quem não pode ficar parado; ou seja, nunca me darão a necessária fluência.
Tanto eu como minha querida Isabel fazemos cursos on-line, ela pelo Roseta Stone, eu, faço três, pela ordem de importância, Englishtown (70% do esforço), Meu Inglês (29%) e Babbel (1%) (será que já falei isso por aqui? Sei lá!), mas, se juntar os três, não chega nem perto de 10% de um Alumini. Mas, fazer o que? No momento foi o que pude arranjar.
Enfim, tenho gasto, em média, 12 horas semanais com essa empreitada (Isabel gasta, no máximo, 4 horas, e reclamando muito, mas muito mesmo). Confesso que ando desanimado, pois meu desempenho nesses 4 meses melhorou muito pouco (para não dizer que não melhorou nada, senão me acusarão de pessimista). A culpa não é exclusiva do método, mas de 46 anos de português-brasileiro cozinhando meu cérebro e de minhas limitações cognitivas, que aumentam a cada ano.
De qualquer forma, o plano é terminarmos os módulos desses cursos on-line e partir para aulas presenciais. Ai tiraremos a Karina do Cultura Inglesa e estudaremos os três na mesma escola de inglês, para facilitar o deslocamento. Acho que isso acontecerá ao final de 2014 ou inicio de 2015.
Enquanto brigo com esse inimigo invencível, ainda tenho que lutar contra outro, a saber, a falta de dinheiro! Também invencível.
No momento, já fiz uma planilha, o mais detalhada possível (gosto dela) e com muitas simulações. Fiz uma projeção de quanto gastaríamos por lá, de quanta despesa ainda ficaria por aqui sob nossa responsabilidade e, outras coisitas mais, e... tchan, tchan, tchan, tchaaaannn! Yes, I have the number.
Não faz parte de meu imaginário a imigração imediata. Não tenho tanta coragem ou ousadia assim. Irei com intenção de ficar um ano. A Karina fazendo High School, eu e a Bel estudando inglês nos primeiros meses e, quem sabe, encontrando um part-time, depois de alguns meses. Mesmo assim, por absoluto conservadorismo, não conto nem com essa possibilidade (de encontrar um emprego parcial).
Dessa forma, precisarei de cerca de R$216.000,00 (valores de meados de 2013 para um ano sabático de papai, mamãe e filhinho(s)).
Quanto eu tenho especificamente para essa finalidade? Exatos R$3.589,21 (ao final de outubro/2013). Para verem que, para esse propósito, conto os centavos mensalmente.
Mas, tenho quase 5 anos para conquistar a diferença (hoje faltam 56 meses).
Então, é assim que começo o meu "Canadian Plan". Tive algumas idéias para incrementar a poupança destinada ao empreendimento. Nada que faça tanta diferença, a não ser que tenha muita sorte.
Qualquer novidade na luta contra esses invencíveis, eu pretendo deixar registrada por aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Pode falar :)