quinta-feira, 8 de agosto de 2013

(Sonho): Duvida existencial e outras coisas (1)

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Continuo me abastecendo de idéias a respeito de meu projeto sobre migrar para o Canadá.

Isso mesmo. É melhor que eu situe assim: Migrar!

Porque, minha vontade real é ficar morando por lá. É me tornar quase um local. Tornar-me um brasileiro canadense ou um canadense brasileiro. Infelizmente, nunca serei plenamente canadense, mas isso não seria impedimento para gostar de lá e/ou ser apreciado pelos nativos.

Àqueles que me perguntam se realmente pretendo mudar-me para o Canadá, eu costumo dizer: "Não, eu apenas pretendo ir para lá porque desejo que minha filha faça um ano de high school." Mas, não é totalmente verdade. Eu desejo muito poder, reciprocamente, ambientar, gostar, apaixonar, e aí, depois de consolidada essa afeição, mas não menos importante, poder trabalhar, sobreviver por lá.

E o que me impede de, pelo menos, tentar isso?

Inúmeras coisas. A começar pela língua. Hoje, após diversos cursos de inglês, nos quais parei sem chegar nem à metade, e um mês depois de reiniciar os estudos, eu continuo com ENORME dificuldade para me comunicar em inglês. Parece que eu continuo do mesmo jeito que há 20 anos atrás.

A minha dificuldade é tão grande nesse tocante que, muitas vezes, eu acho que nunca falarei inglês. Nessa linha de pensamento, talvez, até entenda uma coisa ou outra, se falarem devagar e em um inglês infantil, mas falar, escrever, entender fluentemente?! Hoje isso ainda me parece algo intransponível.

Porém, confesso que estou tentando. Como se trata de algo que deve acontecer daqui a 5 anos (estamos em agosto de 2013), quem sabe consiga. Estou fazendo cursos on-line, por enquanto. Dois cursos: o "Englishtown", que representa 99% de minhas expectativas; e o "Meu Inglês", que, para mim, funciona como um complemento do Englishtown, e que posso fazer com tranquilidade no meu serviço.

Vencer essa etapa é essencial. E aí entra outro obstáculo, ainda relacionado à língua: Não basta  somente eu estar fluente em inglês, preciso que minha esposa também esteja, pois, para realização do desejo de migração, necessitarei imensamente do auxílio dela no dia-a-dia, não somente na forma e intensidade de hoje no Brasil, mas muito mais, pois estaremos somente nós dois por lá, um vai depender do outro, essencialmente.

Tem também minha filha que precisa querer aprender o inglês. Desejar saber inglês, pois ela é a motivação básica que me dá força em querer ir para o Canadá e para colocar tal desejo em minha esposa.

Se minha filha não quiser de forma algum ou colocar "n" obstáculos para aprender inglês, então ficará mais difícil a ida dela ao Canadá e praticamente fica decretada a minha desistência de migração, lembrando que, não pude pensar seriamente em emigrar no passado porque não seria possível ficar sem meu filho, já que ele mora com a mãe e não comigo. Isso era realmente impossível para mim, tempos atrás. Mas hoje, com meu filho aos 20 anos de idade (sendo que, daqui a 5 anos, terá logicamente 25 anos), espero que ele siga seu direcionamento de vida, o que, seja qual for e de qualquer forma, eu pouco posso fazer para mudar, e assim não tenho e, espero, não terei mais esse impedimento.

Assim, os obstáculos que minha filha coloque, pode ser, além da língua, o maior empecilho para iniciar o meu projeto de imigração.

Tem mais coisas, essenciais  para a realização do projeto, mas que pretendo abordar em posts futuros, tais como:
  • Dinheiro para o primeiro ano, quando não teremos trabalho certo (resolução disso é condição sine qua non); 
  • o que faremos no Canadá , eu e minha esposa?: Montar negócio? Que tipo? Com que dinheiro? Procurar emprego? Aonde?...;
  • nossa idade é empecilho? Falor porque teremos mais de 50 anos à época;
  • saúde! Será que teremos, eu e minha esposa? Falo de saúde para iniciar uma nova vida por lá;
  • muito importante: como não perder minha provável aposentadoria no Brasil. Isso é crucial, pois não posso "jogar fora" tudo o que conquistei a duras penas quanto a recolhimentos para aposentadoria;
  • relacionada à anterior: Como abandonar, sem enormes pesos na consciência, um emprego estável, tranquilo e bem remunerado? Para a grande maioria das pessoas, a hipótese de abandonar meu emprego atual já seria motivos de internação em hospício;
  • o que faremos com nosso apartamento no Brasil? Sim, porque ele é um gerador enorme de custos, mesmo que não moremos nele;
  • etc.;
  • etc.

E tem questões existenciais também. Mas, isso seria alongar demais agora.

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