quinta-feira, 20 de agosto de 2009

(Mini-Ensaio): Tipo de trama

Pessoal, começo a expor como se dá para mim o processo de criação de um texto.

Antes de qualquer coisa, é preciso deixar claro que pretendo apenas apresentar um ensaio. Menos que isso, um "mini-ensaio". Assim, meu texto não pode ser submetido aos rigores acadêmicos ou científicos, como necessidade de documentos ou provas empíricas ou raciocínio dedutivo. Trata-se apenas uma apresentação de minhas idéias e conceitos.

Se alguém achar interessante, use como desejar...

Tudo começa com a escolha da trama. Não a trama real ou o enredo, mas o tipo de trama. Tenho duas predileções, a psicológica e a investigativa, se é que dá para separá-las.

A trama psicológica tende a agradar-me mais em momentos que necessito de um maior autoconhecimento, em geral, quando estou mais ou menos deprimido. Porém, tenderia a ficar longos períodos sem escrever e poderia chegar a um beco sem saída.

Pode ser muito enriquecedora se tivesse a oportunidade de escrever sempre que sentisse necessidade de mais introspecção, mas ficaria vazia se não tivesse estas ocasiões. E, infelizmente, ou felizmente, é isso que geralmente ocorre.

A trama psicológica exige menos investigação e pode ser tocada somente com devaneios, sendo então, ao final das contas, um afundamento maior em mim mesmo. Ou pode se ater a um personagem no qual possa me espelhar parcial ou totalmente, ou ainda abordar um tipo de personalidade que desejo estudar. Esta última opção é a forma mais interessante, mas exige muito mais imaginação de minha parte e alguma investigação. Pede também a criação de uma parafernália de eventos que minimamente se interliguem e consolidem os problemas da personagem.

Outro problema de uma trama psicológica seria: Cria-se ou não um herói? Ou seja, o leitor sentirá empatia por ele, mesmo sendo um assassino? Esta é uma dificuldade.

Normalmente, pensava que poderia simplesmente construir uma trama psicológica baseando-se em meus devaneios. Achava que, com uma vida real intrincada como a minha poderia facilmente escrever desta forma. No entanto, percebi que, na verdade, minha vida não é assim tão rica de eventos que justifique um romance, embora possa rechear algumas crônicas.

Tenho então de imaginar outra formas e a opção por uma trama psicológica baseada em personagens fictícos é, apesar de trabalhosa, muito desafiadora e empolgante.

Pessoal, tenho mais a falar, mas meu tempo se esgotou. Voltarei em outros mini-ensaios.

Obrigado,
É isso...

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