Ok, pessoal.
Conforme eu prometi estou divulgando um trecho do primeiro capítulo de um dos quatro livros que estou escrevendo.
É algo embrionário. A idéia surgiu meio sem querer, à velha maneira de contar estória para os filhos. Minha filha pediu para eu contar uma estória enquanto esperávamos minha esposa no carro e aí saiu essa estória. Não bem essa, mas apenas uma versão muito resumida, para que tivesse começo, meio e fim. Ela gostou e ficou criando versões da estória (ela adora fazer isso).
A idéia é que seja uma fábula, ou seja, será direcionada a um público mais jovem e terá uma “moral da história”. No começo é bem descritiva, mas, no passo que estou, pretendo inserir algumas aventuras.
Esse excerto chama-se “A Floresta”.
Abraço a todos.
A Floresta
Existia, há muito tempo, aqui, nestas mesmas terras onde labuta nosso povo, um imenso e verdejante bosque. Na maior parte de seu chão nunca havia pisado um pé humano. E em muitas partes, dizia-se, existiam animais que nenhuma pessoa tinha posto os olhos. Mas, era muito mais que um simples bosque, mais que uma mata comum, talvez mais que uma floresta.
Mas, era assim mesmo que ele era chamado: A Floresta. Simples, sem outros adjetivos do tipo: “Encantada”, “Negra”, “Brilhante”, “Mãe”, ou qualquer outra coisa. Como sabemos nosso povo nunca foi muito imaginativo.
Mas, havia motivo para tanto, pois, como nomear algo que mereceria todos os nomes, caso se fizesse justiça? Ela era “encantada”, pois nunca se tinha certeza do que poderia se encontrar em seu interior. Ela era “negra”, pois, em alguns lugares, quase nenhuma claridade chegava ao chão, filtrada pela copa das árvores. Ela era “brilhante”, pois, na primavera e no verão, a luz do sol batia em sua folhagem e nas incontáveis árvores floridas e parecia que um arco-íris havia caído do céu em cima das árvores. E ela era “mãe” pelos motivos que exponho abaixo.
Dessa floresta sustentava-se o povo. Sabia que dela poderia se tirar do que necessitasse. Sabia-se que dela vinham bênçãos que alimentavam as crianças, que refrescavam os trabalhadores cansados, que curavam os enfermos e até os moribundos. Precisava de algo? Busca na floresta, falava-se. Estás com dor de barriga? Busca na floresta a folha que cura. Havia os mestres que conheciam todas as folhas boas para o corpo, todos os animais bons para o trabalho, os bons para guarda, os bons para alimentação, todas as madeiras boas para construção, todos os fios bons para tecer.
Sabia-se também que, não a respeitando, poderia também advir muitos castigos. Estou certo de que o que passamos agora advêm dessa falta de respeito para com a nossa Floresta-Mãe.
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