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Acostumou-se com isto. A ver-te, tão-somente. E assim, foi desejando, foi imaginando. E foi sonhando. E continua a ver-te.
Acostumou-se com isto. A ver-te, tão-somente. E assim, foi desejando, foi imaginando. E foi sonhando. E continua a ver-te.
Tão-somente.
Mas, não era assim desde o começo. Era menos visceral, menos queixoso do que é hoje, que fica a queimar, a induzir, a fazer o que for possível para ter-te.
Veja bem, diz, há vantagens em ceder.
Novamente. Indaga. Pense bem. Há múltiplas vantagens.
Nunca terá compromisso? Isto é bom. É certa a afirmação. Na maioria dos casos, compromisso é realmente um problema.
Tem ainda mais sólidas razões para sucumbir.
Haveria um maluco a menos no mundo. Um homem a menos a maquinar idéias, a procurar subterfúgios para investidas malucas. Um propenso a maníaco a menos por perto de você.
Há argumentos melhores que estes? Sim, ainda há.
Afinal, já não disseram que a melhor forma de livrar-se dos demônios é render-se a eles? Ou foi justamente o contrário? Não interessa. Certamente é bem mais fácil sucumbir do que resistir, e esse é o melhor argumento.
A resistência drena energias preciosas.
A resistência somente se justifica se uma vida estiver em jogo ou um bem ou uma pessoa a quem se deseja proteger.
Não é o caso.
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