Caramba! Acabei de lembrar da música dos Engenheiros do Hawai.
Aquela que, para mim, é sem dúvida a mais bela deles, e talvez, uma das mais inspiradas letras de música que já ouvi. Genial.
É a "Exército de um homem só". Vai um link para o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=B2s3dBxXtq8&feature=related
Amigo, e não é que eu somente sabia os primeiros versos da canção? Mas, como disse o autor, isso não importa, porque ele escreverá o resto mesmo, devagar, de forma sofrida, mas com precisão, nem sempre nos lugares apropriados, nem sempre nos momentos felizes. De uma forma ou de outra será escrito.
E é em cima do "não importa"que eu gostaria de focar meu pensamento.
Eles tem razão. Não importa mesmo. Se irão ler ou ouvir ou comentar ou se isso irá repercutir ou transformar alguma coisa ou alguém. Essas coisas são sementes jogadas ao vento. É como a parábola do semeador de Jesus Cristo.
Jogamos ao vento tais sementes. Uma parte cai ao sol e se resseca, nada produzindo, outra parte cai entre pedregais e não pode prosperar, pois não consegue chegar à luz do sol; ainda outra parte fica no caminho e as aves a consomem. Mas, um ínfima parcela cai em solo úmido e adubado, e germina, e floresce e dá uma produtividade que compensa tudo que foi perdido.
É isso aí. Não importa aquelas que não prosperaram. De repente, uma palavra, uma letra, uma canção, uma idéia que em corações e mentes não apropriadas de nada adiantariam, cai em um solo ideal e produz imensa diferença.
Por isso, o principal da semeadura, o principal na produção, o principal na entrega, é, ao final das contas, a satisfação do entregador. É ele, e somente ele, que será satisfeito em um primeiro momento. A sua produção precisava ser expulsa de si. Se permanecesse com ele o corroeria por dentro.
Então, é a ele que importa isso tudo. Então, deixem que só o primeiro verso seja tocado, seja lembrado, seja citado, como algo monocórdico. De qualquer forma, o resto estará lá, para momentos, olhos, ouvidos e corações adequados.
Eles surgirão.
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