![]() |
Free Image on http://www.freeimages.com/photo/1374859 by johnnyberg |
Por mais que olhe, por mais que deseje, nunca completará teu intento. Nunca terá a tua visão,
Olho no olho, desejo no desejo, intenções claras e expressas. Não obtém sequer um talvez,
Publicamente escancara tua vergonha, publicamente apresenta-te, todos sabem, todos esperam uma reação,
Ninguém acredita em um não, ninguém tão pouco espera uma resposta afirmativa. No fundo todos sabem que nada será dito
(A vida gosta de jogar mascaradamente com você, não apresenta suas possibilidades claramente, não te revela as cartas, nem mesmo as regras).
Só a dúvida pode ser esperada, não há nada a ser prometido. Ninguém sequer aventou-te esperanças. Você foi quem as criou para teu próprio consumo.
Não adianta olhar a vitrine, o doce ali exposto não foi feito por tua causa, nem por tua encomenda. Se porventura algum bocado estiver a preparo nesse momento,
Certamente não saberá sua qualidade, não é para ti. É diabético para tais delícias.
E não teime em ficar pedindo boas e deliciosas porções, e ainda nem pense em pedir
Qualquer coisa, mesmo que algo vago, a pretexto de matar tua fome, pois pode receber coisa ainda pior.
Que ande no escuro, ande sem saber o que encontrará o teu próximo passo. E não digo que deva confiar nesse ou naquele, nem que também não deva fazê-lo.
O confiar e o não confiar se equivalem, por conta da imprevisibilidade do próximo passo. Encontrar um gramado macio ou um precipício em nada influenciará a confiança
Depositada inicialmente e esses pedidos suplicantes, pois o passo já está ali, montado sob seus pés. Após tê-lo dado, já não importa mais que mundo será formado.
Ao final, cada pisada toma como uma nova possibilidade. Principalmente para quem não interessa o que virá, pois se anda sempre olhando para trás.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Pode falar :)