Sonho que estou aqui. Onde não me pertenço, onde minhas ondas se formam partículas e onde minhas cordas se enroscam nas tuas. São tão pequeninas...
E de tão pequeninas, de tão diminutas, de tão irrisórias nos perdemos, entramos em conjunto em outros cantos. Nos escoamos. Agora juntos. Enrolados. São apenas partes de nós que visitam outras dimensões. Mas agora não somos tão pequenas, pois já nos vemos. Agora nos sentimos. E não se diferem os prazeres...
Sim, não há diferença nos gozos, sentidos aqui, no macro, ou sentidos ai, no nano. Ou até no múltipo do nano. Quem o sente, sente da mesma forma. É felicidade. Que irradia intensificada. Intercambiada em vibrações. Nos encontramos no infinito pequeno, nos enrolamos e adentramos nesse caminho. Mas, quando voltamos a retesar nossas cordas...
E retornamos de lá, uma parte de nós, a mais significativa, a menor, a ínfima, vibra e energiza. E é essa vibração que agita o mundo macro daqui. O que permite pensarmos ter vida própria é esse eterno enroscar, adentrar o pequeno, retesar e sair e vibrar, como um moto contínuo...
E em uma dessas idas, dessa parte de mim, eu sonhei que estava ai. Onde me pertenço. Minha maior parte, a mais energética, não é daqui, se enrosca e vai, a cada fração de segundo, e se retesa e volta, e empresta energia para essa parte consciente. Mas, eu não sou daqui. Assim, sonhei que estava aí e podia voltar sempre que quisessse, desordenadamente...
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