Fiquei realmente emocionado com a reportagem que descreve o fenômeno educacional de Cocal Alves no Piauí.
O principal motivo de minha emoção é que esse fenômeno foi causado pelas pessoas. Isso me deixou alegre e esperançoso quanto ao Brasil em geral e o Nordeste em específico.
Aqui não se está falando de estruturas e incentivos e oportunidades e aparelhos. Fala-se do empenho de uma gente que nada tem, pouco recebe e quase nada lhes é prometido, mas guardam dentro de si uma vontade imensa de fazer diferença por si só, de dizer que é possível e de mostrar que o desejo e o empenho são as maiores forças motrizes das mudanças.
Para muitos que nascem e crescem em famílias classe A ou B em grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro, o ocorrido nessa cidade não é digno de tanta citação. Alguns podem até dizer: "grande coisa, ganhar um concurso de soletração" ou "ganhar um prêmio de química no Piauí! Me poupe!"
O preconceito os impede de ver a dificuldade disso e a sua beleza. Para esses, nada que não saia das melhores cadeiras acadêmicas do sudeste deve ser digno de nota.
Tudo bem!
Para mim, que advenho da miséria e de condição muito semelhante aos amigos do Piauí e que provenho de estado tão pobre quanto ele, sei o que é isso e quero dar a devida repercussão a essa matéria.
Segue o link:
http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/em+cocal+dos+alves+nada+e+mais+importante+que+competicoes+educacionais/n1597057185707.html
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