terça-feira, 15 de setembro de 2009

(Mini-Ensaio): O início

Como iniciar é tão ou mais importante do que como terminar. O começo determina se o leitor continuará a ler o livro, e o término determina se o leitor lerá outros livros do mesmo autor. Assim o começo deve ser arrebatador ou intrigante ou instigante ou tudo isso, e mais um pouco.

Dependerá muito da trama escolhida. Opções que analiso:

Como um prólogo: Ou seja, uma pausa inicial para explicar algumas coisas cruciais ao entendimento da trama. Posso colocar fatos muito anteriores que o leitor necessitará saber para melhor se situar ou somente explicar ou discorrer sobre o momento atual vivido pelos personagens. É interessante, mas acho que ele deve se fundir com outro estilo de início.

Como um epílogo: Creio ser muito perigoso para um iniciante como eu, pois talvez não tenha tarimba para dar corpo à estória ao contar já o final. Certamente, não iniciaria assim.

No ápice da trama: Significa iniciar quase no final. Muito interessante e geralmente prende as pessoas na cadeira em filmes de ação ou suspense. É importante saber onde ocorre o ápice sem correr o risco de contar o final. A questão é: serei obrigado a criar um ápice, assim o enredo de fundo ficaria mais obscurecido e a minha veia imaginativa deveria estar bem mais aflorada do que está no momento.

Em um momentâneo ocaso: Como assim? Na verdade não tenho uma idéia clara sobre isso, mas talvez a estória encontre-se em um momento em que nada interessante estaria acontecendo. Seria o momento entre um evento de quase ruptura e outro de total ruptura, ou seja, dois eventos muito importantes ao contexto em análise. Como exemplo, veja o início do Senhor dos Anéis. É em um momento de ocaso da trama que se inicia o livro. Seria um longo prólogo, com algumas coisas interessantes acontecendo, mas nada que fosse determinante. Para mim é arriscado e pode enfastiar o leitor.

Em uma reviravolta na estória: Teria de criar uma reviravolta na estória e iniciá-la nesse momento. É factível? Como fazer? A estória nem bem começou e já é virada do avesso. Mas, é interessante. Deve-se ou exige-se um pequeno prólogo, pois se há que se revirar tudo, então se deve ter algo a se revirar, certo? Uma pequena explicação da vida até aquele momento. É um fato, ou um novo personagem que muda tudo em pouquíssimo tempo, já no primeiro capítulo?

Só perguntas. Mas, são as perguntas que movem o mundo...

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